Uma semana depois, no dia 26 de novembro - o dia crucial -, o doutor me chamou e me falou: "Dona Eunice, a gente pensa que não acontece com a gente, mas acontece". Olhando para ele, perguntei: "Não acontece o que, doutor?". Daí veio a palavra difícil de ouvir: "É um carcinoma".
Continuei olhando para ele e perguntei: "O que é isso?". Ele me respondeu: "É um câncer". Mesmo chocada, respondi: "Acontece, sim, doutor. Estamos sujeitos a tudo".
Não chorei, mas confesso que saí do consultório atordoada. Não sentia o chão, mas pedia muito para Deus me dar forças. E Ele me deu, juntamente com minha querida família e essas pessoas maravilhosas que vim a conhecer do Núcleo da Mama de Barueri.
Parece mentira, mas hoje agradeço a esse tal de câncer pela oportunidade de conhecer e participar de tantas coisas que nem sonhava em conhecer. Agradeço a todos que me ajudaram e me confortaram nos momentos difíceis, e os que continuam, mesmo agora, depois de 3 anos, me dando apoio. Jamais me esquecerei de todos vcs!
Eunice Hipólita dos Santos, de Barueri (SP)
