“Fui diagnosticada com adenocarcinoma pulmonar estádio III em 2012. Fumei dos 12 aos 42 anos, minha avó teve câncer de mama e tenho histórico de parentes com câncer de pulmão, ovários e estômago. Apareceu um nódulo na clavícula direita, me sentia muito cansada e tinha dor no ombro direito. Fiz pesquisas na internet e vi que os sintomas indicavam que era câncer. Nove meses antes tive hemorragias pulmonares e voltei ao médico para ter um diagnóstico.

Foi o meu marido quem contou para os meus pais, sou filha única e o meu pai tem problemas cardíacos. Também tenho três filhos e foi um momento muito difícil. Realizei 35 sessões de radioterapia e cinco de quimioterapia ao mesmo tempo. Meu câncer é inoperável. 

Depois de me tratar voltei a minha vida normalmente. Costumo dizer que eu tenho câncer, mas ele nunca me teve. Vivo com um sorriso no rosto e cercada de quem me ama. Para quem está passando pela mesma situação, recomendo que nunca deixe de ser feliz. Não sabemos o dia de amanhã, mas se morrermos, que o dia seja repleto de amor”.

Cristina Maria Coelho da Silva Alves, 49 anos, professora de artes, Portugal