A profissão foi regulamentada definitivamente em 13 de outubro de 1969 e assim reconhecida como um curso de nível superior.
Por definição: “A Terapia Ocupacional é um campo de conhecimento e de intervenção em saúde, educação e na esfera social, reunindo tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia de pessoas que, por razões ligadas à problemática específica, físicas, sensoriais, mentais, psicológicas e/ou sociais apresentam temporariamente ou definitivamente dificuldade da inserção e participação na vida social.” (CREFITO-3)
O Profissional Terapeuta Ocupacional, conforme regulamentado pelo COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), possui as seguintes áreas de especialidade: acupuntura, saúde funcional, saúde mental, saúde da família, saúde coletiva; contextos sociais e contexto hospitalar.
Como descrito, podemos perceber que esta profissão abrange muitas pessoas e em diferentes áreas e contextos, incluindo desta forma diversas patologias e pessoas, sejam elas acometidas ou não pelo câncer.
Atua com pessoas que, por diversas razões, apresentam dificuldades no desempenho das atividades do dia a dia. Pessoas que possuem alterações:
- física;
- psíquica;
- cognitiva;
- social.
Como já escrito, é uma profissão da área da saúde e tem como centro de seus estudos e ações as atividades que compõem o cotidiano das pessoas:
- atividades de vida diária;
- lazer;
- trabalho.
Alguns de seus objetivos são:
- desenvolver habilidades que possibilitem maior autonomia e independência na realização das atividades cotidianas, na restituição dos papéis ocupacionais e na promoção do bem estar, da qualidade de vida e da inclusão social;
- informar, dar suporte, facilitar e viabilizar oportunidades para desenvolver atividades significativas que promovam a melhor utilização do potencial funcional do paciente e a manutenção de seus papéis e valores junto à família e à sociedade;
Especificamente sobre oncologia, sabemos que além do estigma e de todo medo gerado por esse diagnóstico, precisamos lembrar que o principal neste processo é o indivíduo e não a doença em si, visto que cada um desenvolve e evolui de forma diferente frente ao mesmo diagnóstico.
E, durante a intervenção do Terapeuta Ocupacional, no processo de reabilitação, o planejamento terapêutico é feito de forma individualizada buscando os interesses e a história de vida deste indivíduo.
A Intervenção Terapêutica Ocupacional, de forma geral, consiste em:
- analisar as necessidades pessoais e oferecer orientações para organização da rotina e das atividades diárias;
- auxiliar o indivíduo/paciente e seus familiares a realizarem atividades significativas para eles;
- utilizar-se de técnicas de relaxamento, minimizando as dores, reestabelecendo a percepção corporal e maior conscientização corpórea, assim como diminuir a ansiedade e o estresse causados por diferentes motivos durante o processo de tratamento;
- ensinar, orientar e/ou readequar posturas e formas de mobilização mais confortáveis e corretas para reduzir possíveis causas de dor;
- ensinar o indivíduo/ paciente a reduzir o gasto energético na execução de atividades, no trabalho, no lazer e principalmente na rotina diária;
- indicar e orientar o uso de tecnologia assistiva para facilitar a independência;
- realizar intervenções focando o momento vivido pelo indivíduo e respeitando sempre a individualidade.
Agora pode-se dizer que você já ouviu falar sobre a Terapia Ocupacional.
E se em algum momento deste texto você se identificou ou sentiu necessidade, converse no local onde realiza o tratamento e solicite uma orientação e um encaminhamento para uma avaliação do Terapeuta Ocupacional.